A seleção Portuguesa aos ISA World Surfing Games 2017 conquistou a Medalha de Prata por equipas. Portugal é vice-campeão mundial de surf pelo terceiro ano consecutivo. O campeão nacional português foi o único atleta luso em competição este domingo, 28 de maio, último dia do mundial em Biarritz. Pedro Henrique, atleta do Algarve Surf Clube, chegou à final e conquistou a Medalha de Bronze individual.
“Foi um campeonato muito renhido e competitivo. Este mundial registou a maior participação de sempre de seleções nacionais (47). O Surf esteve ao mais alto nível mas Portugal, com uma estratégia bem definida e focada, atingiu mais uma vez, a medalha de prata. Provamos que o surf nacional está em franca ascensão, é o terceiro ano consecutivo em que conquistamos o segundo lugar e só nos resta almejar o ouro. Toda a equipa está de parabéns! Agora só esperamos que todos estes resultados extraordinários se revejam numa política de financiamento mais coerente e recompensadora do nosso esforço e resultados por parte do Estado”, comentou João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf (FPS).
França sagrou-se Campeã do Mundo por equipas. Portugal chegou ao último dia em 3º lugar na classificação por equipas, a 20 pontos da Espanha. A prestação de Pedro Henrique foi decisiva para garantir o 2º lugar para Portugal na classificação final.
O atleta de 35 anos mostrou garra e terminou a bateria das meias-finais com 12.1 pts, perdendo o primeiro lugar para o mexicano Jhony Corzo. No último teste do campeonato a concentração estava ao máximo, com o campeão nacional a dar tudo por Portugal frente a Corzo, a Jonathan Gonzàlez, de Espanha, e a Joan Duru, da equipa da casa. Uma prova com alto nível de dificuldade que levou o surfista a consolidar o terceiro lugar graças a um score de 12.47, acabando a vitória por pertencer ao mexicano Corzo e o segundo lugar a Duru.
“Comecei a prova bem, mas depois caí numa manobra que era muito importante e não consegui pegar uma outra onda com a mesma qualidade”, explicou Pedro Henrique. “O surf é assim. Não podemos errar nem perder oportunidades. Mas foi um grande campeonato com um segundo lugar para Portugal e é isso que importa”, acrescentou o atleta.
Disputa também renhida na Aloha Cup com a armada lusa na frente da batalha até aos últimos minutos, altura em que caiu para segundo lugar e com a França a erguer mais um troféu. Portugal terminou com 47.53 pts, uma diferença mínima de 7,43 para os franceses.
Durante estes nove dias, a Grande Plage, em Biarritz, recebeu 47 seleções em busca dos títulos mundiais, individuais e por equipas, onde Portugal se estreou com bons resultados. Teresa Bonvalot chegou às meias-finais mas acabou por perder para Leilani McGonagle, da Costa Rica, e para a sul-africana Bianca Buitendag. A atleta portuguesa arrecadou o 5.º lugar mundial e Carol Henrique terminou em 13º.
Nas provas masculinas, José Ferreira foi o primeiro a deixar a competição, seguindo-se Guilherme Fonseca, que, apesar da sua qualidade de surf, acabou por cair já na ronda quatro. O atleta Miguel Blanco foi relegado para terceiro lugar na bateria dos quartos-de-final, com 12.9 pontos, que não foram suficientes para garantir a passagem para a fase final do Mundial.
David Raimundo, selecionador nacional, não esconde o orgulho na prestação dos atletas. “Hoje foi mais um dia histórico para Portugal. Depois de dois títulos de vice-campeões do mundo, as expetativas de um bom resultado para Portugal eram muito grandes. Mais uma vez, Portugal afirmou-se como uma das grandes potências do surf mundial. Este ano, para além de termos sido vice-campeões do mundo, conseguimos trazer para casa o vice-título da Aloha Cup. Não podia estar mais orgulhoso de toda a equipa! Fomos enormes ao longo de toda a semana. O próximo objetivo é sermos campeões do mundo”.
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Fonte: Nota de Imprensa Federação Portuguesa de Surf | Mediana Global Communication
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