A operação de loteamento para a construção de três unidades hoteleiras na zona de falésias e pequenas praias entre a Prainha e o Vau, no concelho de Portimão, está de novo em consulta pública. Recorde-se que este projeto foi chumbado há um ano pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e volta a estar em processo de viabilização… a dois meses de caducar, segundo sublinha o grupo de cidadania ambiental ‘A Última Janela para o Mar’.
De acordo com o referido movimento cívico, “o novo projeto encontra-se repleto de incoerências administrativas e ilusões visuais. Não há qualquer tipo de mudança substancial de carga construtiva. O betão continua a imperar, camuflado em verdes questionáveis. As questões de fundo que ameaçam o Ambiente mantêm-se na sua totalidade, desde a última Declaração de Impacto Ambiental desfavorável, a 3 de maio de 2019″.
O movimento apela à participação popular no novo processo de consulta pública, que termina dia 19 de junho, e promete disponibilizar em breve “uma plataforma simplificada”, por forma a facilitar a referida participação.
Em causa está um projeto para três unidades hoteleiras na Mata de João d’Arens, ocupando uma área de 317 mil metros quadrados com um total de cerca de 600 quartos turísticos.
Recorde-se que o Plano de Urbanização da UP3, no âmbito do qual se insere a operação de loteamento para o projeto foi objeto de debate na Assembleia Municipal de Portimão, em fevereiro deste ano. Foi uma das mais concorridas sessões de Assembleia Municipal de sempre em Portimão.
O debate foi promovido pelo movimento ‘A Última Janela para o Mar’, pedindo à Assembleia Municipal que recomendasse ao Executivo Municipal (PS) a revogação ou suspensão do Plano de Urbanização da UP3. Servir Portimão, PSD, Bloco de Esquerda e a deputada independente concordaram. Mas a intenção foi chumbada com os votos contra do PS e a abstenção da CDU.
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