Ballito Pro | #3 QS 10.000 World Surf League

Mar Pequeno Trai Marlon

Marlon Lipke em ação no Ballito Pro, esta segunda-feira 29 de Junho (®AlanVanGysen)

Mar pequeno e sem potencial traiu as expectativas de Marlon Lipke (Algarve Surf Clube) no Ballito Pro, terceiro evento de pontuação máxima (10.000 pontos) no circuito mundial ‘Qualifying Series’ (QS) da World Surf League. O surfista algarvio perdeu de primeira, em último lugar no seu ‘heat’, esta segunda-feira 29 de Junho, em Willard Beach, Ballito, África do Sul.

As condições em Willard Beach estavam hoje muito difíceis para os surfistas de forte compleição física – mais pesados – como é o caso de Marlon Lipke, que na edição do ano passado chegou à Ronda 4 e concluiu a prova em 17º lugar. Esta manhã, o mar estava pequeno e a direção de prova deslocou a zona de competição, na tentativa de aproveitar o efeito de um banco de areia entre rochas, sem grande sucesso.

Os ‘scores’ ao longo da manhã nunca foram muito elevados e, aliás, a primeira surpresa surgiu logo no Heat 1, com a eliminação do norte-americano Tim Reyes, vencedor da prova em 2014. Marlon Lipke entrou em ação no Heat 7, numa altura em que faltavam cerca de duas horas para a maré cheia em Willard Beach.

As ondas estavam pequenas, poucas formavam ‘parede’ e quase nenhuma oferecia secções no ‘inside’. O poderoso ‘power surfing’ de Marlon Lipke não se dá nessas condições e o algarvio não conseguiu lutar pelo apuramento para a ronda seguinte.

A dez minutos do fim do ‘heat’, Marlon estava em combinação (a precisar de duas ondas para entrar na luta) e terminou com um ‘score’ de 6.60 (2,67+3,93). O ‘heat’ foi ganho pelo costa-riquenho Noe Mar McGonagle (score 13,00) e o segundo lugar de apuramento foi conquistado pelo havaiano Tanner Hendrickson (12,76). O brasileiro Alex Ribeiro (9,93) foi eliminado em terceiro, sem conseguir acertar bem os aéreos, que foram a sua estratégia de recurso face às condições.

Marlon Lipke vinha de dois 25º lugares nos dois primeiros QS 10.000 da temporada, mas no Ballito Pro faz 73º lugar. Recebe 550 pontos para as contas do ‘ranking’ e um cheque no valor de 750 dólares. Foi o resultado possível em condições a que não conseguiu adaptar-se e que, aliás, levaram a organização a interromper a prova após mais dois ‘heats’.

Tomás Fernandes adaptou-se às condições, brilhou com uma onda 8,50 e avançou para a Ronda 2 (®BallitoPro)

Tomás Fernandes adaptou-se às condições, brilhou com uma onda 8,50 e avançou para a Ronda 2 (®BallitoPro)

O português em evidência no primeiro dia do Ballito Pro foi Tomás Fernandes, que entrou no Heat 8 e conseguiu o apuramento para a Ronda 2, em 2º na bateria. Tomás Fernandes (15,33 | 6,83+8,50), bem mais jovem e leve, adaptou-se melhor às condições e chegou mesmo a liderar durante algum tempo a bateria, ganha pelo australiano Brent Dorrignton (16,60).

Ficaram eliminados no Heat 8 o havaiano Granger Larsen (3º com 15,16 pontos) e o sul-africano Jordy Smith (11,10), atleta de elite do CT que, devido à sua estatura forte, também não se encontrou com o mar.

A prova foi interrompida após o Heat 9 da Ronda 1 e será retomada amanhã, terça-feira 30 de Junho, se as condições do mar assim o permitirem. Tomás Fernandes está apurado para a Ronda 2, mas há ainda 4 portugueses à espera de entrar na Ronda 1:

 

Heat 12

Italo Ferreira (BRA)

Beyrick De Vries (RAF)

Vasco Ribeiro (PRT)

Flavio Nakagima (BRA)

 

Heat 18

Jesse Mendes (BRA)

Nathan Hedge (AUS)

Evan Geiselman (EUA)

José Ferreira (PRT)

 

Heat 19

Stu Kennedy (AUS)

Michael Rodrigues (BRA)

Nic Von Rupp (PRT)

Hiroto Hohhara (JAP)

 

Heat 24

Jadson Andre (BRA)

Frederico Morais (PRT)

Nathan Yeomans (EUA)

Jack Robinson (AUS)

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