Uniformizar com sistema europeu

Algarve Adota ORC

Paquito é um conhecido barco de Cruzeiro algarvio (®CustodioSancho)

A Associação Regional de Vela do Sul (ARVSul) decidiu adotar o sistema de ‘rating’ da Classe ORC em exclusivo para o Campeonato do Algarve daquela categoria de barcos de Cruzeiro (veleiros de mar alto), eliminando o sistema paralelo Open que também estava em vigor. A decisão é estratégica e válida já para a próxima prova do campeonato, a Regata das Marinas, a disputar nos dias 30 e 31 de Maio, no campo de regatas entre Vilamoura e Portimão.

A decisão foi tomada após uma reunião com ‘skippers’ e armadores de Cruzeiros, promovida pela ARVSul e realizada nas instalações do Ginásio Clube Naval de Faro, no passado dia 14 de Maio. “É para estar em linha com o sistema europeu, particularmente com o sistema em Espanha, por forma a permitir maior intercâmbio de participações em provas de Cruzeiros nos dois países”, explicou Carlos Urtigueira, presidente da ARVSul, ao Swell-Algarve.

Ao decidir fechar a participação no Campeonato do Algarve de Cruzeiros a barcos do sistema de ‘rating’ ORC, a ARVSul compromete-se a comparticipar as despesas (de medição e burocráticas) para aquisição dos certificados ORC internacionais. Os certificados são válidos por um ano. A ARVSul comparticipa em 50% do custo do certificado ORC (custo total é de 60 Euros), mas o beneficiário tem de participar em pelo menos 4 provas do Campeonato do Algarve.

Novas regras são válidas já para a próxima prova do campeonato, anunciada neste cartaz

Novas regras são válidas já para a próxima prova do campeonato, anunciada neste cartaz

O Campeonato do Algarve de Cruzeiros funcionava desde há dois anos em duplo sistema ORC e Open, o que permitia a participação de Cruzeiros sem certificado ORC. A partir de agora e já na prova do próximo fim-de-semana, todos os participantes têm de ter certificado ORC válido.

O ‘rating’ ORC é um sistema que permite a barcos de diferentes tamanhos e características competir entre eles com hipóteses iguais de vitória. Cada barco é sujeito a uma bateria exaustiva de medições, cujos resultados são inseridos num programa informático (VPP), que calcula as velocidades teóricas do barcos em diferentes condições de vento.

Cada barco tem o seu próprio ‘rating’, que é cruzado com o tempo realizado na regata, para definir o tempo final de prova. Significa este sistema que nem sempre o barco que chega primeiro é aquele que vence a prova.

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