A Agência Portuguesa do Ambiente anunciou esta quarta-feira, 19 de junho, o levantamento do desaconselhamento a banhos nas praias algarvias da zona costeira compreendida entre a Ilha do Farol (Olhão) e Açoteias (Albufeira). A interdição esteve em vigor durante dois dias, devido à presença de uma grande mancha de microalgas que tingiam o mar de vermelho. A Autoridade de Saúde Regional não encontrou provas de intoxicação em humanos.
Na sequência do aparecimento de microalgas com grande densidade no passado dia 17 de junho, a APA, através da sua ARH do Algarve e em articulação com a Autoridade de Saúde Regional, desaconselhou, por precaução, o banho nas praias compreendidas entre a Ilha Deserta e Quarteira.
Nos dias seguintes, e com a deslocação da mancha para poente, o desaconselhamento abrangeu uma área que se estendeu até à praia das Açoteias.
Dada a evolução da situação e face ao resultado das análises efetuadas pelo IPMA e da informação da Autoridade de Saúde Regional, de que não se mostram descritos casos de intoxicação em humanos pela toxina identificada, a APA decretou hoje o levantamento do desaconselhamento de banho nas praias compreendidas entre a Ilha Deserta e a praia das Açoteias.
Embora a mancha de microalgas já tenha começado a dissipar-se, nas zonas onde ainda se verifique alguma densidade, a Agência Portuguesa do Ambiente mantém o aconselhamento de que o banho deve ser evitado, sobretudo por crianças e grupos vulneráveis.
Bivalves Interditos
Entretanto, devido à maré vermelha, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) decretou na terça-feira a interdição, a título preventivo, da apanha e comercialização de amêijoa-branca e pé-de-burrinho na zona litoral entre Faro e Olhão, onde a apanha de conquilha já estava interditada devido à presença de toxinas lipofílicas.
Com a interdição que já vigorava entre Lagos e Albufeira para todos os moluscos bivalves, praticamente todo o litoral algarvio fica abrangido pela interdição total da captura de bivalves, à exceção das zonas entre o Cabo de São Vicente e Lagos e entre Tavira e Vila Real de Santo António, onde a interdição é parcial e apenas para algumas espécies.
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