A costa Sul do Algarve está sob o efeito de um evento de Levante (ou Sueste) com força invulgar. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou o distrito de Faro sob aviso amarelo até às 12:00 de sexta-feira, 29 de março. A Autoridade Marítima Nacional emitiu um alerta para “agravamento excecional das condições de vento e agitação marítima” válido até à madrugada da próxima segunda-feira. Os primeiros estragos eram visíveis já esta manhã de quarta-feira, na Praia da Rocha, Portimão.
O Levante caracteriza-se por vento e ondulação do quadrante sudeste. É um fenómeno recorrente na costa Sul do Algarve, mas aquele que entrou ontem à tarde chegou à região com violência. A Autoridade Marítima Nacional prevê para os próximos dias ondulação que poderá atingir os quatro (4) metros, com período médio entre os seis e sete segundos; e vento que poderá registar velocidades superiores a 70 km/h e rajadas acima de 100 km/h.
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O vento soprou bastante forte durante a madrugada desta quarta-feira e provocou estragos na Praia da Rocha. Metade da cobertura do Edifício da Área Desportiva da Praia da Rocha foi arrancada pela força do vento. Várias placas da cobertura estavam esta manhã espalhadas em redor do edifício.
A ondulação estava esta manhã intensa no Rio Arade, do lado Nascente do molhe que separa a entrada da barra do areal da Praia da Rocha. As ondas cavavam areia na Praia da Marina, no rio. O vento subiu de intensidade a partir das 09:30 e a Polícia Marítima esteve vigilante, chegando mesmo a desaconselhar um praticante de kitesurf de entrar no mar, na Praia da Rocha.
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As condições de vento e de mar devem continuar bastante adversas nos próximos dias, na costa Sul do Algarve. A Autoridade Marítima Nacional recomenda o “reforço da amarração e vigilância apertada das embarcações atracadas e fundeadas”, pedindo aos marítimos que se mantenham atentos e acompanhem a evolução da situação meteorológica.
“À população em geral que frequente as zonas costeiras, aconselha-se que se abstenham da prática de passeios junto à orla costeira, nas arribas e nas praias, bem como da prática de atividades lúdicas nas zonas expostas à agitação marítima”. A Autoridade Marítima Nacional sublinha que, nas presentes condições, “o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”.
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