A sede da Galp Energia, em Lisboa, foi invadida pelo Exército Zoológico de Libertação da Natureza. O grupo fez uma ‘incursão pirata’ no edifício ontem, quinta-feira 18 de maio, no dia em que o jornal ‘Correio da Manhã’ noticiou que a empresa tinha desistido de realizar o furo de prospeção ‘offshore’ ao largo de Aljezur. Não é verdade. O mesmo jornal publicou o desmentido esta sexta-feira, 19 de maio.
A manifestação rápida do Exército Zoológico de Libertação da Natureza foi uma surpresa. Não estava anunciada e os seguranças do edifício foram mesmo apanhados de surpresa. Os elementos do ‘exército’, mascarados de peixes, crustáceos e moluscos entraram na recepção do edifício, entoaram alguns dizeres de protesto e espalharam areia. Foram rapidamente expulsos e dançaram nas escadarias do edifício. Segundo o video publicado, o novo movimento promete não dar tréguas a quem ameaçar os mares.
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A manifestação que revelou o novo grupo de protesto aconteceu no mesmo dia em que o jornal ‘Correio da Manhã’ publicou uma notícia, revelando que a Galp tinha desistido de realizar o furo de prospeção a cerca de 46 quilómetros ao largo de Aljezur. Recorde-se que esse furo foi ‘travado’ no início do mês por uma providência cautelar interposta pela Câmara Municipal de Odemira (ver notícia).
O furo de prospeção do consórcio Eni/Galp estava previsto para abril/maio deste ano. O licenciamento dessa prospeção é alvo de mais acções judiciais, que ainda correm os respetivos trâmites legais. Apesar das ações e dos protestos populares, a Galp mantém o interesse em realizar a prospecção prevista.
O ‘Correio da Manhã’ publicou hoje, sexta-feira 19 de maio, um desmentido da Galp face à notícia da véspera. A empresa garante que continua a desenvolver “todos os esforços” para realizar o furo ao largo de Aljezur, apesar de não estar a conseguir cumprir o prazo (até 31 maio).
A Galp garante que está a “cumprir escrupulosamente todos os passos e requisitos exigíveis para executar este investimento no prazo mais curto possível”. O furo continua, portanto, na mira da petrolífera portuguesa.
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