A equipa portuguesa Sail Portugal – Visit Madeira teve uma jornada de emoções fortes na Etapa 7 do circuito mundial Extreme Saling Series, em Lisboa. A equipa que tem a bordo o algarvio Luís Brito e representa Portugal no circuito de elite dos ‘catamarãs voadores’ GC32 venceu uma regata no primeiro dia e sofreu um rombo num dos cascos no terceiro dia, que obrigou a uma noite inteira de reparações, para poder participar no último dia de regatas em frente à Doca de Pedrouços.
A Sail Portugal – Visit Madeira entrou bem na penúltima etapa da Extreme Sailing Series 2016, que marcou a estreia de Lisboa neste circuito de Regatas de Estádio, em que a ação no mar decorre próximo de terra, para poder ser vista por espectadores em bancadas. A equipa portuguesa venceu a quarta regata do primeiro dia da prova, na quinta-feira, 6 de outubro.
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Extreme Sailing Series é um circuito de provas de regatas de estádio, disputadas perto de terra e com espectadores em bancadas (®MartinaOrsini/LloydImages)
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Diogo Cayolla, Skipper da equipa portuguesa, comentou o primeiro dia de regatas em Lisboa: “Foi um dia muito complicado porque estava pouco vento e muita corrente. Tivemos uma regata que não correu muito bem mas conseguimos recuperar lugares em todas as outras e alcançámos uma vitória, que é um dos objetivos que traçámos para cada etapa do circuito: ganhar sempre uma regata! Tendo conseguido logo no primeiro dia agora queremos ganhar mais nos próximos dias! Vamos ver se conseguimos!”.
No sábado, dia 8 de outubro, terceiro dia (penúltimo) de regatas em Lisboa, o vento soprou forte e proporcionou o melhor dia de regatas em todo o circuito, reconhecido pelos velejadores, com os catamarãs de alta performance a planar em ‘foyls’ e a atingirem velocidades na ordem dos 65 quilómetros por hora.
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Algarvio Luís Brito, de azul, esteve na maratona de reparações durante toda a noite de sábado para domingo (®SailPortugal)
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Sábado foi um dia que pôs à prova os limites e a perícia de barcos e tripulantes e que acabou por correr mal para a Sail Portugal – Visit Madeira, ao envolver-se numa colisão com a equipa norte-americana Vega Racing. A equipa portuguesa não completou o dia de prova e reparou os danos interiores e o rombo num dos cascos do seu GC32 durante a noite, para poder competir no último dia, domingo 9 de outubro.
Sail Portugal – Visit Madeira concluiu a etapa em 8º (penúltimo) lugar. A equipa austríaca Red Bull Saling Team afastou os líderes Oman Air do pódio em Lisboa e criou uma situação de tudo ou nada para a última etapa do circuito, em Sydney, Austrália, em dezembro. A conquista do 3º lugar pela Red Bull Saling Team foi conseguida ontem, no último dia, jornada intensa em que houve registo de mais uma colisão, entre a equipa feminina canadiana Thalassa Magenta Racing e a dinamarquesa SAP Extreme Saling Team.
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Lisboa proporcionou a melhor etapa do circuito deste ano, mas a cidade não está incluída no calendário para 2017, hoje revelado ainda com uma prova por atribuir na Europa (®MartinaOrsini/LloydImages)
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A etapa em Lisboa proporcionou, talvez, o melhor dia de regatas em todo o circuito (sábado, 8 de outubro) e juntou os vencedores da etapa, os suíços da Alinghi, e Oman Air e Red Bull Saling Team no topo da tabela classificativa, separados por apenas seis pontos, criando forte emoção para a última etapa, na Austrália.
Apesar do sucesso da estreia de Lisboa neste circuito, a capital portuguesa não está – para já – incluída no calendário Extreme Saling Series 2017, que foi hoje apresentado em Lisboa e marca o regresso do circuito aos Estados Unidos da América, após seis anos de ausência.
Calendário 2017
1- Muscate, Omã – 8-11 março
2- Quingdao, China – 28 abril-1 maio
3- Funchal, Madeira – 29 junho-2 julho
4- Europa – por decidir – 20-23 julho
5- Hamburgo, Alemanha – 10-13 agosto
6- Cardiff, País de Gales – 25-28 agosto
7- San Diego, EUA – 19-22 outubro
8- Los Cabos, México – 30 novembro-3 dezembro
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