3 de Agosto de 2016 é uma data histórica para o Surf. O Comité Olímpico Internacional (COI) aprovou a proposta japonesa para incluir cinco modalidades no programa desportivo dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. A próxima edição do maior evento desportivo do planeta vai ter competição de Surfing, Skateboarding, Escalada Desportiva, Karate e Baseball/Softball. O pacote de modalidades foi proposto pela organização japonesa a pensar na juventude e inaugura um novo modelo de agenda desportiva olímpica.
O mapa estratégico aprovado pelo COI em 2014 recomenda aos Comités Organizadores de Jogos Olímpicos que proponham novos desportos para os seus Jogos, no sentido de demonstrarem mais flexibilidade, inovação e atenção à juventude. O Comité Organizador de Tóquio 2020 é o primeiro a beneficiar dessa margem de flexibilidade e propôs, em Setembro de 2015, o pacote de cinco modalidades que foi ontem aprovado pelo COI, durante a sua 129ª Sessão, no Rio de Janeiro.
“Queremos levar o desporto à juventude. Com tantas opções de que os jovens dispõem hoje em dia, não podemos continuar à espera que venham ter connosco. Nós temos de ir até eles”, comentou o presidente do COI, Thomas Bach. “A inclusão do pacote de novos desportos vai proporcionar a jovens atletas a oportunidade de uma vida, para realizar o sonho de competir nos Jogos Olímpicos”, acrescentou Yoshiko Mori, presidente do Comité Organizador Tóquio 2020.
As cinco modalidades aprovadas para Tóquio 2020 vão levar até à capital japonesa mais 474 atletas e 18 eventos, com divisão igual por géneros, feminino e masculino. Os novos desportos não têm qualquer impacto nas quotas para atletas e eventos nos desportos olímpicos já existentes e não são vinculativos para futuras edições de Jogos Olímpicos.
Ainda que seja apenas para uma edição dos Jogos Olímpicos, podendo ou não ser repetido em edições seguintes; o aval dado pelo COI ao Surf “transformou o sonho olímpico em realidade”. Quem o diz é o presidente da International Surfing Association (ISA). “Este é um momento marcante para o Surfing. Já assistimos a uma popularidade crescente do desporto em todo o Mundo e os Jogos Olímpicos vão proporcionar uma plataforma incrível para mostrar ainda mais o Surfing e os seus valores“, acrescentou Fernando Aguerre.
“Neste momento muito relevante para a história do surf, todas as atenções devem estar centradas nos surfistas e em tudo o que o desporto enquanto olímpico pode trazer para as suas carreiras profissionais. Espero sinceramente que mais e melhores condições estejam a partir de agora à disposição de todos”, comentou Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas.
“É um momento histórico para o surf. Entrou para o maior evento desportivo mundial e conquistou um lugar devido há muito tempo. Agora é trabalhar para Tóquio 2020″, comentou o presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha.
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