A viagem dos surfistas algarvios Paulo Almeida, Ivan Bailote e Inês Pascoal para o Porto foi longa e atribulada. A 40 quilómetros da Invicta, as seis pranchas dos atletas soltaram-se do tejadilho do carro e perderam-se na auto-estrada A1, ao início da madrugada desta quinta-feira. Após buscas na escuridão os surfistas encontraram as pranchas: 3 funcionais e 3 para o lixo.
Os três surfistas algarvios ficaram ‘desarmados’ para o Sumol Porto Pro, 3ª Etapa da Liga Moche 2016. Na verdade, as duas pranchas de Paulo Almeida ‘sobreviveram’ à queda, mas o surfista de Portimão tinha partido a sua ‘prancha mágica’ na véspera, no último treino na Praia da Rocha. Na auto-estrada partiram-se uma prancha de Ivan Bailote, que ficou apenas com uma para a prova no Porto; e as duas pranchas que Inês Pascoal tinha levado para a etapa.
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Prancha de Ivan Bailote destruída (®DR)
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Paulo Almeida, Ivan e Inês viajaram juntos no automóvel do primeiro, também com o fisioterapeuta Filipe Costa. O grupo saiu tarde de Portimão, já depois das 21h00 de quarta-feira; com seis pranchas no tejadilho da carrinha BMW e centenas de quilómetros de estrada pela frente até ao Porto. Já perto do destino e depois de terem feito uma paragem numa estação de serviço, para apertar a carga; ao início da madrugada de hoje, quinta-feira, as pranchas soltaram-se do tejadilho em andamento na auto-estrada.
Entre o conseguir voltar para trás, a escuridão, o aparecimento de uma patrulha de trânsito da GNR, o grupo viveu momentos de grande ansiedade na auto-estrada, à procura das pranchas perdidas na auto-estrada. As três pranchas partidas foram as primeiras a serem encontradas.
As três pranchas ‘sobreviventes’ foram encontradas depois, no separador central da via; por insistência de Paulo Almeida, a contrariar o desânimo que tomava conta do grupo. ‘Sobreviveu’ também a prancha de bodyboard do fisioterapeuta Filipe Costa, por estava no interior da viatura.
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Inês Pascoal junto a uma das suas duas pranchas destruídas na viagem (®DR)
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No Sumol Porto Pro, Paulo Almeida vai ter duas pranchas, mas não a sua ‘tábua mágica’, que partiu em treino na Rocha horas antes de iniciar a viagem para o Porto. Ivan Bailote vai ter apenas uma prancha para competir. Inês Pascoal é o caso pior, porque ficou sem pranchas.
Inês Pascoal poderá participar na prova com uma das pranchas de Paulo Almeida, que é o seu treinador; mas poderá haver mais soluções. O próprio Paulo Almeida pediu ajuda a Camilla Kemp e a líder do ‘ranking’ feminino Liga Moche predispôs-se a emprestar uma prancha a Inês Pascoal. Curiosamente, esta possibilidade de ajuda foi acordada antes de as duas saberem que vão estar no mesmo ‘heat’ na Ronda 1 Feminino. Um sinal de desportivismo e bom espírito que sobressai no episódio negro de uma viagem atribulada.
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