Pesca Submarina | Algarvio Jody Lot apanha nada

Seleção Sofre em Mundial Sem Peixe

Seleção de Portugal ao Mundial de Pesca Submarina na Ilha Syros, Grécia (®FPAS)

A Seleção de Portugal ao Campeonato do Mundo de Pesca Submarina sofreu um mau resultado, numa prova fortemente marcada por capturas escassas e só possíveis a grandes profundidades, o que provocou alguns acidentes. A equipa portuguesa, liderada pelo algarvio Jody Lot, terminou o campeonato na 22ª (antepenúltima) posição por equipas. André Domingues foi o melhor português, em 51º na classificação individual, com um peixe válido. Os restantes elementos da equipa lusa, Jody Lot e Matthias Sandeck, nada capturaram nas duas sessões de pesca no mundial.

O 30º Campeonato do Mundo de Pesca Submarina decorreu na Ilha de Syros, Grécia. Foram realizadas duas jornadas de pesca, uma ontem (sábado 17 de setembro) e a outra hoje (domingo 18 de setembro). Giorgios Vasiliou, do Chipre, sagrou-se campeão do mundo a título individual, com 8 peixes capturados nos dois dias de prova. A Grécia venceu na classificação por equipas, com dois pescadores no 2º e 3º lugares individuais. O próximo mundial, em 2018, irá decorrer em Portugal, mais propriamente no Algarve, em Sagres.

André Domingues foi o único português a apresentar peixe. Foi apenas um exemplar, pelo que um dos dois na imagem não foi validado (®DR)

André Domingues foi o único português a apresentar peixe. Foi apenas um exemplar, pelo que um dos dois na imagem não foi validado (®DR)

Portugal fez-se representar em Syros pelos três melhores ‘caçadores submarinos’ da atualidade. Jody Lot, André Rodrigues e Matthias Sandeck são os Campeões Nacionais de Triplas. Jody e André são os Campeões Nacionais de Duplas. O algarvio Jody Lot é tricampeão nacional individual em título. Os três ‘caçadores’ são atletas do Grupo Desportivo Estoril Praia.

André Domingues fez 51º lugar entre 78 atletas em prova. Foi o único português que apresentou peixes válidos: 1 exemplar. Jody Lot e Matthias Sandeck não apresentaram peixes válidos e concluíram o mundial nos grupo dos 20 atletas a quem foi atribuído 53º lugar, todos eles sem qualquer captura.

A qualidade da representação portuguesa no mundial é indiscutível; a qualidade do local escolhido para o evento nem por isso. Além de escasso, o peixe só esteve disponível abaixo dos 30 metros de profundidade, o que levou atletas a arriscar além dos limites e provocou acidentes.

Não houve peixe mas houve muito convívio entre finlandeses e portugueses. Na foto, Jody Lot com chapéu azul, e Matthais Sandbeck a fazer um zero com a mão (®DR)

Não houve peixe mas houve muito convívio entre finlandeses e portugueses. Na foto, Jody Lot com chapéu azul, e Matthias Sandeck a fazer um zero com a mão (®DR)

Para perceber as dificuldades sentidas pelos atletas neste mundial de pesca submarina, além das poucas capturas, basta ler um relatório de dia hoje divulgado pela equipa finlandesa: “A Equipa Finlândia hoje não foi equipa zero. Tero Vaara mergulhou a 36 metros, Riku Leimola a 28 metros e Baccalao Pappa a 40 metros.  Matti acertou numa garoupa de 7kg a 40,7 metros de profundidade, mas não conseguiu tira-la do buraco. Desistiu após 4 mergulhos… é o Samba de Syros. Um elemento da equipa de Chipre mergulhou a 60 metros atrás de um mero e foi levado de helicóptero para o hospital, depois de começar a vomitar sangue. Um tipo na Nova Zelândia também estava a vomitar sangue. Manolis Giankos foi desclassificado por usar uma tocha”.

Os elementos da equipa finlandesa referem mais casos de acidentes e proclamam satisfação por terem sobrevivido ao campeonato. A equipa nórdica fez amizade com a equipa portuguesa e concluiu o mundial com ironia: “Finlândia e Portugal equipas zero. Estamos prontos para a luta nos campeonatos europeus do próximo ano, na Croácia”.

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